Oeiras lidera ranking nacional do poder de compra e ultrapassa Lisboa
24 Outubro, 2025 19
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O concelho de Oeiras passou a ocupar o primeiro lugar no ranking nacional do poder de compra per capita, ultrapassando Lisboa, segundo o mais recente estudo Purchasing Power Europe 2025, da consultora GfK/NIQ Geomarketing.
De acordo com os dados divulgados, cada residente em Oeiras dispõe, em média, de 26.863 euros de rendimento anual, um valor ligeiramente superior ao registado na capital, que surge agora em segundo lugar, com 26.161 euros.
Logo atrás aparecem Cascais, Alcochete e Vila do Porto, todos acima da marca dos 22 mil euros per capita, enquanto Porto, Coimbra e Mafra mantêm posições de destaque no top 10, superando os 20 mil euros por habitante.
No outro extremo da tabela, continuam a verificar-se grandes desigualdades regionais, com vários municípios do interior norte e centro ainda muito abaixo da média nacional, refletindo o persistente fosso económico entre o litoral e o interior do país.
Embora Portugal tenha descido uma posição no ranking europeu — ocupando agora o 22.º lugar entre 42 países analisados — o poder de compra médio nacional subiu 15,7% face a 2024, situando-se em 16.943 euros por pessoa.
A GfK destaca que esta evolução positiva está associada à recuperação económica, à estabilização da inflação, estimada em 2,3% para 2025, e a uma ligeira melhoria do rendimento disponível das famílias.
Contudo, os especialistas alertam que os custos elevados da habitação, da energia e da alimentação continuam a condicionar o poder de compra real, travando uma aproximação mais rápida à média europeia, atualmente fixada em 20.291 euros per capita.
No topo da lista europeia continuam países como o Liechtenstein (71.130 euros), a Suíça (53.011 euros) e o Luxemburgo (38.929 euros), enquanto Kosovo, Bielorrússia e Ucrânia permanecem nas últimas posições.
Apesar das disparidades, o relatório assinala uma tendência de convergência gradual entre as economias europeias, com vários países da Europa Central e de Leste a crescerem acima da média, aproximando-se lentamente dos níveis de rendimento das economias ocidentais.
