O Museu Nacional da Música, em Mafra, vai assinalar os 300 anos do violoncelo Stradivarius “Chevillard – Rei de Portugal” com um concerto pela franco-belga Camille Thomas no dia 12 de dezembro, anunciou esta quarta-feira a instituição.

Classificado como “tesouro nacional”, o “Stradivarius data de 1725 e é o único instrumento em Portugal com a assinatura do mítico António Stradivari, o célebre construtor italiano de Cremona”, pode ler-se num comunicado divulgado hoje pela Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

“Este instrumento pertenceu ao rei D. Luís I de Portugal, monarca que tocava violoncelo, tendo sido adquirido após a morte do violoncelista belga Pierre Chevillard em 1877, motivo pelo qual é conhecido como ‘Chevillard — Rei de Portugal’. O instrumento possui a famosa forma 'B', a mais célebre entre as diferentes utilizadas por Antonio Stradivari, utilizada de 1707 a 1726, o período de ouro do construtor”, contou a empresa pública, no mesmo comunicado.

Depois de ter sido tocado pelo em 2016 pelo russo Pavel Gomziakov para gravar Haydn com a Orquestra Gulbenkian, o violoncelo volta agora a ser usado por uma artista internacional, que toca um “Stradivarius de 1730, conhecido como ‘Feuermann’, cedido pela Nippon Music Foundation”.

No concerto, Camille Thomas vai interpretar, a solo, música de Johann Sebastian Bach, Auguste-Joseph Franchomme, Pablo Casals e Maurice Ravel.

Os bilhetes custam 30 euros e podem ser comprados na bilheteira ‘online’ da MMP.

O Museu Nacional da Música inaugurou, em festa, no dia 22 de novembro, as novas instalações, em Mafra, mais de dois anos após o fecho em Lisboa e de sete milhões de euros em obras.

De acordo com o comunicado de hoje da MMP, desde a abertura em Mafra o museu já recebeu 6.500 visitantes, o que é um número maior do que em todo o ano de 2023, quando ainda estava instalado no Alto dos Moinhos, em Lisboa.

Lusa